sexta-feira, 18 de março de 2011

Havia o antes do início e o início se fez. Como se fez esse início e o que fora sua causa? Eis a questão que não quer calar.

 INTRODUÇÃO

“e quem colocou aqueles vagalumes lá no céu e tudim girando feito roda de são joão. Foi um estrondo com a mão de deus.”

     Durante a semana retomamos nossas aulas em geografia com o conteúdo “A astronomia”, descobrimos que o termo astronomia quer indicar o ensino dos astros e que essa etimologia está atrelada a crença dos povos antigos como os babilônios, os egípcios e os gregos e que essa crença fundava-se na concepção de que as estrelas e os planetas com seus movimentos tinham uma influência muito forte na vida humana e que tinham muito a nos ensinar. Assim a observação do espaço macro possibilitou a organização humana no que diz respeito a divisão temporal,  plantio, localização. Descobrimos que as primeiras explicações acerca do movimento do universo fundava-se em um Deus ou em vários deuses, apresentamos os problemas para essa explicação e narramos como essa aporia levou a primeira explicação do funcionamento do movimento planetário sem a participação da divindade e que essa explicação criada sobretudo por Aristóteles chama-se geocentrismo  e prevaleceu por cerca de 1800 anos. No século XVI as idéias do geocentrismo fora severamente criticada e vimos nesta crítica as idéias de Copérnico, Kepler e Galileu, sobretudo as idéias que derrubaram o geocentrismo e possibilitaram a concepção de um sistema heliocêntrico, estudamos mais detalhadamente as 3 leis de Kepler que descreve as órbitas e o processo de translação planetária.
Por último, pincelamos a informação de que o objeto de estudo da astronomia, no meado da modernidade, deslocara-se do funcionamento do universo para a origem do universo, ou a origem de tudo. Assim iniciamos uma discussão em torno das diversas teorias apresentadas acerca da origem do universo. Sua origem é criacionista? É evolucionista? É estacionária? O que significa cada uma e quais seus argumentos é o que veremos agora. Solicito aos estudantes que leiam com atenção cada uma de maneira critica, buscando compreender os pontos fortes e fracos de cada uma.

“No princípio, Deus criou os céus e a terra (...) Deus disse: Faça-se a luz! E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz DIA, e às trevas NOITE. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia. Deus disse: Faça-se um firmamento entre as águas, e separe ele umas das outras. Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima. E assim se fez. Deus chamou ao firmamento CÉUS. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o segundo dia.Deus disse: Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem num mesmo lugar, e apareça o elemento árido. E assim se fez. 10Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao ajuntamento das águas MAR”
Havia inicialmente um concentrado inimaginável de matéria-energia em perfeito equilíbrio. Sem sabermos por quê, ocorreu o big-bang*. Este significa a explosão potentíssima daquele concentrado, lançando energia e matéria em todas as direções. O big-bang expressa, assim, uma primeira e incomensurável instabilidade, um caos de dimensões incalculáveis. Tudo explode e se expande. A explosão significa a irrupção da desordem. A expansão, porém, significa a constituição da ordem. O universo, cada ser, cada coisa, contêm dentro de si os dois movimentos, o caos ( desordem) e o cosmos (ordem).” (Leonardo Boff)
Algumas teorias sobre a origem do mundo que algumas religiões, culturas do planeta, já responderam sobre estas perguntas: De onde veio isso tudo? Quem criou? E como criou?

 Egipto: A terra surgiu do Nilo 

Havia no Egipto Antigo vários mitos sobre a criação, contam-se pelo menos 10 divindades criadoras.
Antes de todas as coisas não havia senão trevas e “água primordial”, o Nun (oceano à semelhança do Nilo que continha todos os germes da vida).
Surgiu o senhor todo-poderoso Atum, que se criou a si próprio a partir do Num, por ter pronunciado o seu próprio nome, depois teve 2 gémeos, um filho Chu (que representava o ar seco) e uma filha Tefnut (ar húmido). Estes separaram o céu das águas e geraram Geb – a terra seca e Nut – o céu.


Grécia: A união do Céu e da Terra 
        
Para os Gregos, o início da criação era o Caos, e este gerou Érebo (a parte mais profunda dos infernos) e Nyx (a noite). Estes fizeram nascer Éter (o ar) e Hémera ( o dia).
Depois Gaia (terra) tornou-se a base em que todas as vidas têm a sua origem. Úrano (céu) casou-se com Gaia (terra). Todas as criaturas provêm desta união do céu e da terra (titãs, deuses, homens).

  
Criação Bíblica

1º Dia – “Deus criou o Céu e a Terra”
2º Dia – “Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou firmamento de Céu”
3º Dia – Houve a Terra e os Mares
4º Dia – Deus separou os dias e as noites
5º Dia – Surgem peixes e aves
6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem
7º Dia – “Deus descansou”     
                               
  
Teoria do BIG BANG

Teoria mais aceite sobre a origem do Universo, segundo ela o Universo teria nascido a partir de uma concentração de matéria e energia extremamente densa e quente.
Nesse momento, ocorre uma explosão, o chamado Big Bang, que desencadeia a expansão do Universo, depois a matéria arrefece e passados um bilião de anos, a matéria agrega-se para formar as primeiras galáxias.

Hinduísmo

No hinduísmo, o tempo não é linear como em outras crenças. Aqui, o tempo tem uma natureza circular, pois a criação e a evolução são repetidas eternamente, em ciclos de renovação e destruição simbolizados pela dança rítmica do deus Shiva. "Na noite do Brahma – essência de todas as coisas – a natureza é inerte e não pode se mover até que Shiva assim o deseje. Shiva desperta de seu sono profundo e através de sua dança faz aparecer a matéria à sua volta. Dançando, Shiva sustenta seus infinitos fenômenos e, quando o tempo se esgota, ainda dançando, ele destrói todas as formas por meio do fogo e se põe de novo a descansar".





Os problemas da Teoria do Big Bang

Ela viola a primeira lei da termodinâmica, segundo a qual matéria e energia não podem ser criadas ou destruídas. Os críticos alegam que a Teoria do Big Bang sugere que o universo começou do nada. Os defensores da teoria dizem que essa crítica não se justifica por dois motivos. O primeiro é que o big bang não trata da criação do universo, mas sim de sua evolução. O segundo é que, já que as leis da ciência perdem a validade quando nos aproximamos do momento de criação do universo, não existe motivo para supor que a primeira lei da termodinâmica se aplicaria. Desde que os cientistas propuseram a Teoria do Big Bang, muita gente questiona e critica o modelo. A seguir você verá uma lista das críticas mais comuns à Teoria do Big Bang.
  • Alguns críticos dizem que a formação de estrelas e galáxias viola a lei da entropia, que sugere que os sistemas em mudança se tornam progressivamente menos organizados. Mas, se você considerar o universo primeiramente como completamente homogêneo e isotrópico, então o universo atual demonstra sinais de obediência à lei da entropia. 
  • Alguns astrofísicos e cosmólogos argumentam que os cientistas interpretaram erroneamente dados como o desvio para o vermelho dos corpos celestes e a radiação cósmica de fundo. Alguns citam a ausência de corpos cósmicos exóticos que deveriam ter surgido com o big bang, como propõe a teoria. 
  • O período inicial de inflação do big bang parece violar a norma de que nada pode viajar em velocidade superior à da luz. Os defensores da teoria têm diversas respostas diferentes a essa crítica. Uma é a de que, no começo do big bang, a teoria da relatividade ainda não se aplicava. Como resultado, viajar em velocidade superior à da luz não seria um problema. Outra resposta correlata é a de que o próprio espaço pode se expandir em velocidade superior à da luz porque ele não está sob o domínio da Teoria da Gravidade.
Existem diversos modelos alternativos para explicar o desenvolvimento do universo, ainda que nenhum deles tenha sido aceito de forma tão ampla quanto a Teoria do Big Bang. 
  • O modelo do estado estacionário para o universo sugere que o universo sempre teve e sempre terá a mesma densidade. A teoria concilia as aparentes provas de que o universo está se expandindo pela sugestão de que o universo gera material em ritmo proporcional à sua taxa de expansão. 
  • modelo ecpirótico sugere que o universo é o resultado da colisão de dois mundos tridimensionais em uma quarta dimensão que está oculta. O modelo não está em conflito completo com a Teoria do Big Bang, já que, depois de algum tempo, ele se alinha aos eventos descritos pela Teoria do Big Bang. 
  • A Teoria do Grande Salto sugere que nosso universo é um de uma série de universos que primeiro se expandem e depois se contraem. O ciclo se repete em intervalos de muitos bilhões de anos. 
  • A cosmologia  de plasma tenta definir o universo em termos de suas propriedades eletrodinâmicas. O plasma é um gás ionizado, o que significa que é um gás com elétrons livres em movimento, capazes de conduzir eletricidade. 
Existem diversos outros modelos. Algumas dessas teorias (ou ainda outras, sobre as quais nem mesmo pensamos) poderão substituir a Teoria do Big Bang como modelo mais aceito para o universo, no futuro? É bastante possível. À medida que o tempo passa e nossa capacidade de estudar o universo evolui, poderemos criar modelos mais precisos sobre como o universo se desenvolveu. 

Críticas ao criacionismo


A ciência é um sistema de conhecimento baseado na observação, evidências empíricas testáveis e em explicações dos fenômenos naturais. Por outro lado, o criacionismo é baseado em interpretações literais de narrativas de determinados textos religiosos. Algumas crenças criacionistas envolvem supostas forças que se encontram fora da natureza, tais como a intervenção sobrenatural, e estas não podem ser confirmadas ou refutadas por cientistas. No entanto, muitas crenças criacionistas podem ser enquadradas como previsões testáveis sobre fenômenos como a idade da Terrasua história geológica e origens, e distribuição e relações dos organismos vivos encontrados nela. A ciência do ínicio incorporou elementos dessas crenças, mas, como a ciência se desenvolveu, essas crenças foram sendo provadas como falsas e foram substituídas por entendimentos com base em evidências acumuladas e reprodutíveis. Alguns cientistas, como Stephen Jay Gould,[41] consideram a ciência e a religião como dois campos compatíveis e complementares, sendo autoridades em áreas distintas da experiência humana, os chamados magistérios não-sobrepostos.[42] Esta visão é também apoiada por muitos teólogos, que acreditam que as origens e o significado da vidasão temas abordados pela religião, mas são a favor das explicações científicas dos fenômenos naturais sobre as crenças criacionistas. Outros cientistas, como Richard Dawkins,[43]rejeitam que os magistérios não se sobrepõem e argumentam que, refutando a interpretação literal dos criacionistas, o método científico também prejudica os textos religiosos como uma fonte de verdade. Independentemente da diversidade de pontos de vista, uma vez que as crenças criacionistas não são suportadas pela evidência empírica, o consenso científico é de que qualquer tentativa de ensinar o criacionismo como ciência deve ser rejeitada.


Tarefa:

Faça uma leitura do texto relacionando-o com o as páginas que tratam do assunto em seu módulo de geografia, buscando fixar os pontos fortes e fracos da explicação      criacionista e da evolucionista.


Processo:

Leia o texto acima e o capítulo do módulo buscado perceber a necessidade humana de descrever o espaço macro (universo) suas explicações para não só o funcionamento, mas para a origem do cosmo, as dificuldades e os mistérios que se apresentam para o homem frente ao que é amplo, tão amplo que mal podemos saber se tem fim. 

Avaliação:

Com base nas discussões do próximo debate, com base na participação na aula.

Referência:

BOFFLeonardo . A Águia e a Galinha: Uma metáfora da condição humana . 40 a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003
SPINARDI. Ronaldo Donato. Geografia: ensino médio, 1º série. Curítiba: Positivo, 2009..
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criacionismo

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